segunda-feira, 31 de julho de 2017

A "boa" guerra

Massacre de Nemmersdorf
por Wilhelm Keitel - originalmente postado no blog Segunda Grande Guerra

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Nemmersdorf/Alemanha desde a Idade Média (hoje Mayakovskoye/Rúsia) foi retomado pelas forças alemãs depois que o exército siono-russo ocupou a aldeia em outubro de 1944. A imagem à esquerda mostra um T-34 destruído ao lado de uma antiga ponte - 1944 e 2013.

Entre os dias de 21 e 22 de outubro de 1944 acontecera aquilo que se tornara símbolo de crueldade e impunidade e que viera a se repetir até o final da guerra no Front Europeu: O Massacre de Nemmersdorf.

Desde a derrota alemã em Stalingrado, nos meses iniciais de 1943, o Exército Vermelho começava seu avanço rumo a capital do III Reich. No povoado de Nemmersdorf, a sudoeste de Gumbinnen, na Prússia Oriental, tal como a grande maioria dos povoados a leste do território alemão, iniciara uma massiva onda de migrações, uma tentativa de fugir das barbáries cometidas pelos soldados soviéticos. Caravanas de fugitivos, retirantes e comboios de transporte militar congestionavam-se junto a ponte sobre o rio Angerapp.

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Região em vermelho é a localização donde foi o massacre da cidadezinha de Nemmersdorf germânica desde a Idade Média ou antes. Hoje esse território alemão é ocupado pela Rússia. O Hino Alemão ainda hoje canta o nome de territórios que lhe pertenciam que "democraticamente" lhe foram subtraídos: "Von der Maas bis an die Memel" (Do Maas ao Memel) "Von der Etsch bis an den Belt" (Do Etsch ao Belt). Mapa abaixo:

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Localização das regiões citadas no hino hoje expropriadas e em verde escuro o atual Estado Alemão ainda ocupado pelos "libertadores".

Às 6 horas do dia 21 de outubro de 1944 iniciou-se o ataque soviético ao local. Apoiados pela artilharia, os primeiros soviéticos passaram a ponte às 07h30min. O vilarejo era defendido por pouco mais de duas dezenas de soldados, sendo que sua maioria eram cidadãos voluntários da Volkssturm. Ao inicio dos combates, 14 moradores refugiaram-se num abrigo. Em seguida este abrigo foi invadido por soldados soviéticos em busca de proteção contra uma esquadrilha de caças alemã, que vieram como reforço as tropas sob ataque. Após amainarem-se os combates, os soldados ordenaram o abandono do abrigo, para em seguida abrir fogo indiscriminadamente contra as pessoas: crianças, mulheres e idosos.

Apenas uma mulher sobreviveu. Em depoimento, ela conta sobre o ocorrido:

“De repente ouvi gritos e dois soldados do exército vermelho trouxeram cinco garotas. O comissário ordenou a elas que vestissem roupas listradas. Nós caminhamos através do pátio, para a cozinha de uma antiga fábrica. Lá, alguns russos estavam sentados, que faziam observações aparentemente muito obscenas, pois cada palavra dita era recebida com riso alto. Chegaram então mais duas jovens aos prantos. Os soldados as fizeram se curvar, com golpes que pareciam ter rachado as articulações delas. Eu quase desmaiara ao ver quando um russo puxou a faca e com um corte, arrancar o seio direito diante dos olhos de todos. Ele fez uma pausa em um momento, então cortou o outro lado. Eu nunca ouvi alguém gritar de tanta dor e desespero como aquela garota. Após esta ‘operação’, ele esfaqueou a jovem, na altura do abdômen, que por sua vez foi acompanhado pelos risos dos russos.. A outra jovem estava gritando por misericórdia, mas em vão. Ela era muito bonita, fiquei com a impressão de que ela fez um trabalho sinistro com a boca. Mesmo implorando por uma morte rápida, acabou por sofrer o mesmo destino. Isso ocorrera com todas as jovens que ali estavam. A última garota era pouco mais velha que uma criança, que não havia desenvolvido nenhum volume corporal. Eles rasgaram a carne, literalmente, até que os ossos brancos de suas costelas viessem à luz. Depois disso corri, mesmo quando minhas pernas começaram a falhar. Na vila, os russos liquidaram grupos inteiros de garotas com cassetetes depois que eles tinham levado uma jovem muito bonita para a sala de tortura. O ar estava cheio com os gritos, de morte de muitas centenas de meninas. Mas dado o que ocorreu naquele lugar, o homicídio fora quase humano. Foi um terrível fato que nenhuma garota torturada tenha perdido a consciência. Cada uma sofreu a mutilação conscientes. Todos eram iguais quanto ao horror, sempre foi o mesmo, os gritos por clemência, o grito alto quando eram mutiladas, o grito e o gemido enquanto eram estupradas e o silêncio da morte. Várias vezes os assassinatos eram interrompidos para que se amontoassem os corpos. À noite, eu caí em uma forte febre nervosa, quando ainda estava escondida. A partir daí, todas as memórias falta-me, até que eu acordei num hospital de campanha.”.

No dia 23 de outubro de 1944, as forças da Wehrmacht já haviam retomado a posse do vilarejo e se depararam com um verdadeiro inferno. Em registro, o Major-General da 4ª Armada Erich Dethleffsen relata: “Quando em outubro de 1944 formações russas romperam a Front) alemão na região de Groß-Waltersdorf e avançaram temporariamente até Nemmersdorf, soldados soviéticos fuzilaram civis em grande parte dos povoados ao sul de Gumbinnen - em parte com torturas como encravar a vítima no portão do silo. Praticamente todas as mulheres foram violentadas. Também foram fuzilados pelos soviéticos em torno de 50 prisioneiros de guerra franceses. Os referidos povoados, após 48 horas voltaram novamente ao domínio alemão. O inquirimento de testemunhas, relatórios médicos das necropsias e fotografias dos cadáveres foram me apresentados poucos dias após”.

Durante o Julgamento (sic) de Nürenberg, foram apresentados pelos alemães os crimes de guerra cometidos em Nemmersdorf e em outras cidades alemãs, inclusive Berlim. Os acusadores aliados assimilaram a versão soviética, por conveniência ou por estarem totalmente imbuídos da propaganda anti-alemã de forma a desconsiderarem qualquer possibilidade de acusação contra o Exército Vermelho. Os relatórios e protocolos da comissão internacional de investigações desapareceram ou foram eliminados ou perdidos, somente sobraram algumas fotos.

     Uma das imagens mais suaves do massacre em Nemmorsdorf.
    Uma das imagens mais suaves do massacre em Nemmorsdorf.

Depois de 1991 e da queda da União Soviética, novas fontes de registros militares russos foram disponibilizados para os estudiosos. O Historiador Bernhard Fisch, um nativo da Prússia Oriental que tinha servido como soldado da Wehrmacht durante a guerra e esteve em Nemmersdorf poucos dias depois desta ter sido re-tomada registrou em seu livro de 2003, Nemmersdorf 1944 - nach wie vor ungeklärt (Nemmersdorf 1944 - o que realmente aconteceu na Prússia Oriental), Fisch incorporou material a partir de arquivos russos recentemente disponíveis e declarações das muitas testemunhas de ambos os lados, incluindo o general soviético Kuzma N. Galitsky, ex-comandante do 11º Exército de Guardas. Fisch documentou 23 homicídios de civis na Nemmersdorf e outros 38 em aldeias vizinhas, deixando dez mortes inexplicáveis. Sir Ian Kershaw está entre os historiadores que acreditam que as forças soviéticas cometeram um massacre em Nemmersdorf. Os Arquivos Federais Alemães (Bundesarchiv) contêm muitos relatos contemporâneos e fotografias por parte de funcionários da Alemanha nazista de vítimas do massacre Nemmersdorf. Ele também possui evidências de outros massacres soviéticos na Prússia Oriental, como em Metgethen. No final do século 20, Alfred de Zayas entrevistou inúmeros soldados alemães e oficiais que tinham estado na área de Nemmersdorf em outubro de 1944, para saber o que eles viram. Ele também entrevistou prisioneiros de guerra belgas e franceses que estiveram na área e fugiram com os civis alemães antes do avanço russo. De Zayas incorporou essas fontes em dois livros que escreveu, Nemesis em Potsdam e A Terrible Revenge.

Fonte: http://www.clubedosgenerais.org/site/artigos/163/2017/02/massacre-de-nemmersdorf/

Os exércitos Aliados (parece nome de loja maçônica) mataram civis alemães indefesos como nos casos dos bombardeios a Dresden, Hamburgo, Stuttgard, Dortmund, Colônia, a Alemanha teve mais de 90% de suas cidades bombardeadas pelos "libertadores", estupraram bebês, crianças e idosas aos milhares e pilharam em Nemmersdorf, em Berlim e todas as cidades alemãs durante e depois a Segunda Guerra Mundial. Além da Alemanha ter que pagar pela guerra em dinheiro e ouro e com vidas preciosas e inocentes, teve novamente perda de território, de soberania e ocupação militar e jurídico-cultural, também roubaram toda a tecnologia nacional-socialista que não era pouca e muito evoluído que usaram na Guerra Fria, nunca tendo ressarcido um centavo sequer a Alemanha, suas empresas ou inventores, donos verdadeiros das patentes. E mesmo depois de 70 anos, a Alemanha continua "ressarcindo" aliados e supostas vítimas através de filmes racistas anti-alemães, de um bem planejado e financiado marketing à produzir baixa-autoestima no laborioso e valoroso povo alemão, tendo ainda tropas americanas dentro do que sobrou de seu território, não podendo ter uma constituição própria e soberana, nem escolher a própria bandeira. A atual é imposição dos "libertadores".  

"As enormes firestorm, as tempestades de fogo, começaram a desabar sobre a Alemanha em guerra, a partir da primavera de 1942. À noite, escolhido o alvo, ondas de esquadrilhas britânicas voando em formação não tinham piedade. Entre 30 a 31 de maio de 1942 1.500 toneladas de bombas, 8.300 delas incendiárias, mais 116 de fósforo, 81 de alta combustão e mais 4 bombas carregadas de 125 litros de fluído altamente inflamável, foram lançadas sobre Colônia, uma das mais antigas cidades da Alemanha fundada ainda no tempo dos romanos.

Em menos de 24 horas, pela ação dos artefatos de magnésio, fósforo e napalm, cem mil moradores perderam seus lares, quando um outro tanto deles, também impressionante em número, foram mortos. Nada que existia abaixo da barriga dos Avro Lancaster foi poupado. O objetivo não foi pulverizar as pontes sobre o rio Reno ou as fábricas de armas existentes na periferia, nem mesmo as instalações militares interessavam, mas sim levar o pavor e a ruína total ao centro dela, onde maior era a densidade demográfica."

Fonte: https://culturaeviagem.wordpress.com/2015/05/09/70-anos-do-fim-da-2a-guerra-mundial-as-cidades-alemas-destruidas-pelos-bombardeios-imagens-fortes/

A visão de que os Aliados são heróis libertadores de uma Europa aprisionada por forças do mal é uma construção fantasiosa idealizada pelos vencedores para distrair os incautos e continuar impunes de seus crimes e pilhagens. Tratados como heróis libertadores e amantes da paz, os Aliados foram cruéis com praticamente todas as populações por onde passaram com sua "libertação" e "democratização". É assim ainda hoje. Para eles, o crime compensa. Enquanto o Eixo Berlim-Roma-Tóquio procurava seu espaço no mundo, os Aliados tinham e tem interesses na expansão de um império militar-político-econômico na Europa, na Ásia e no mundo para instituir a Nova Ordem Mundial do Anticristo. E o nacionalismo alemão conjuntamente com sua independência financeira representou um sério entrave para esse governo mundial sem fronteiras nacionais e usurário. Não vê quem não quer. 

Abraços

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